Há 3 tipos mais comuns de úlceras da perna ou pé: úlceras por estase venosa, úlceras neurotróficas – diabéticas e úlceras isquêmicas de origem arterial.
Úlceras por estase venosa
Localizam-se abaixo do joelho e geralmente logo acima do tornozelo, na parte interna das pernas e podem afetar uma ou as duas pernas .
O interior da ferida geralmente é avermelhado e pode estar coberto por uma camada de fibrina, podendo se apresentar com coloração esverdeada ou amarelada se houver infecção. Pode ter uma quantidade de secreção considerável.
As bordas podem ser delimitadas, com pele descorada e edemaciada. Frequentemente tem temperatura aumentada. A pele ao seu redor pode ser brilhante, dependendo se há muito edema no membro afetado.
Geralmente acometem pacientes com história de edema (inchaço) nas pernas e varizes. Em alguns casos pacientes podem relatar já terem tido trombose de veia profunda – TVP.
Úlceras neurotróficas – diabéticas
Geralmente se desenvolvem nos ponto de maior pressão nos pés ou ainda tem como causa trauma, que podem ocorrer em qualquer local das pernas.
O interior da ferida é bastante variável, dependendo das condições de circulação do paciente. Pode variar de róseo ou avermelhado até acastanhado ou preto.
Às vezes a borda dessas lesões são endurecidas.
Geralmente as úlceras neurotróficas aparecem em pessoas com diabetes ou mesmo em pessoas não diabéticas que tem diminuição da sensibilidade.
Úlceras arteriais ou isquêmicas
Geralmente aparecem nos pés, frequentemente no calcanhar, na ponta dos dedos dos pés, entre os dedos dos pés, em qualquer local onde haja contato entre proeminência óssea e alguma estrutura externa, como sapatos e sandálias. Podem ainda ser ocorrer ao lado de unhas do pé ou após as mesmas serem aparadas.
Seu interior pode ser amarelado, acastanhado, acinzentado e enegrecido; geralmente não sagram. As bordas e pele ao redor geralmente são indefinidas, podem ser edemaciadas quando infectadas. O pé todo pode estar avermelhado, quando a perna está abaixada e com palidez quando é elevada. Tipicamente são bastante dolorosas, especialmente durante a noite. O paciente pode manter a perna pendurada fora da cama para ter melhora da dor.
Ocorre em pacientes que já sabem que tem pouca circulação.