Claudicação intermitente é a dor causada, após esforço físico, pela má circulação do sangue que sai do coração e, através das artérias, vai em direção às pernas e aos braços. O quadro clínico mais comum é quando o paciente precisa parar diversas vezes ao caminhar para se recuperar da dor.
Inicialmente, o paciente costuma notar a dor apenas ao se exercitar, mas conforme a doença progride, ela se torna cada vez mais frequente e incapacitante, podendo evoluir inclusive com dor em repouso.
Embora algumas pessoas a considerem uma doença, a claudicação é na verdade um sintoma de um grupo de doenças sérias. Uma das mais comuns é a doença arterial periférica, uma condição potencialmente grave, mas tratável, na qual os vasos que fornecem o fluxo de sangue para as pernas ou os braços estão estreitados ou obstruídos.
Felizmente, com o tratamento, os pacientes podem ser capazes de manter um estilo de vida ativo novamente, sem dor e diminuindo o risco de algum tipo de amputação.
Os sintomas da claudicação e das doenças associadas a ela incluem:
- Ao se exercitar: dor ou desconforto nos pés, panturrilhas (barriga da perna), coxas, quadris e/ou nádegas, dependendo da região em que suas artérias estão doentes. Claudicação também pode ocorrer em seus braços, embora isso seja menos comum.
- Ao caminhar: dor intermitente, pode aparecer ao caminhar e melhorar quando você faz períodos de repouso ao sentir a dor.
- Dor em repouso: conforme suas artérias vão se fechando, pode surgir dor, mesmo sem realizar quaisquer esforços físicos.
- Palidez, cianose (coloração arroxeada) ou ulcerações da pele: se o fluxo de sangue é severamente reduzido, os dedos dos pés ou das mãos podem perder sua coloração avermelhada habitual. Em casos ainda mais avançados, podem surgir feridas nas pernas, pés, braços ou dedos das mãos e dos pés.
Quando consultar um médico?
Se você possui algum destes sintomas, não deixe de contar a seu médico de confiança, ou ainda ao médico cirurgião vascular, pois se esta condição não for tratada, pode haver acentuada redução da qualidade de vida e ainda levar ao risco de amputação.
A claudicação pode limitar a sua capacidade de participar de atividades sociais e de lazer, prejudicar seu trabalho, e o impedir de fazer exercícios físicos.
A doença arterial periférica grave leva à má cicatrização de lesões de pele e úlceras, podendo desenvolver gangrena e requerer amputação do membro acometido.