Através de um equipamento específico, que possuímos em nossa clínica, resfriamos o líquido a ser injetado nos vasos a -20 graus Celsius. Nesta temperatura, o líquido se torna uma espécie de gel. Note na figura 2 como o medicamento fica quase congelado, em forma de gel.

Com isso, além da ação própria do medicamento injetado,  a temperatura baixa ainda provoca uma destruição térmica das células da parede dos vasos sanguíneos, aumentando a eficácia do procedimento.

Pacientes também relatam menor sensação de queimação e dor local.

No Instituto Vida Vascular ainda realizamos o resfriamento da pele antes do início das aplicações, o que reduz substancialmente o desconforto durante o procedimento.

Ao misturarmos polidocanol em concentrações variadas com ar ou gás carbônico, em proporções pré-estabelecidas, formamos a espuma de polidocanol.

Ao ser injetado dentro dos vasos, ela empurra o sangue, ocupando seu espaço na luz das veias. Age promovendo a ruptura das membranas das células do endotélio, ao mesmo tempo em que provoca espasmo.

A aplicação de espuma é extremamente versátil, podendo ser utilizada em vasos doentes de qualquer calibre, até mesmo na safena!

Costuma ser indicada para vasinhos de difícil tratamento, varizes graves em pacientes sem possibilidade de operar por problemas de saúde ou ainda para pacientes com úlceras abertas.

A complicação mais comum deste método é o surgimento de manchas amarronzadas na região das aplicações, que ocorre em até 30% dos pacientes! Em geral, após algumas semanas, elas melhoram significativamente, mas em alguns casos elas podem persistir.

Tal situação pode acontecer em qualquer tipo de escleroterapia, mas é mais frequente com a espuma de polidocanol. Além do tipo do medicamento utilizado, as manchas podem surgir em virtude de outras variáveis como: concentração do medicamento, calibre do vaso tratado, cor da pele do paciente, experiência do médico e cuidados pós-operatórios.

Na escleroterapia a laser (secagem de vasinhos a laser), um equipamento produz o feixe de laser, que atravessa a pele e age sobre os vasos sanguíneos. Ao aquecê-los, os vasinhos são destruídos e posteriormente, o organismo os reabsorve.

O laser tem como vantagens ser pouco invasivo por não usar agulhas, não gerar reações alérgicas por não haver injeção de medicamentos e induzir menor reação inflamatória cutânea.

Entre as desvantagens estão o risco de manchas claras, a dor, geralmente mais intensa do que na escleroterapia convencional e o alto custo.

Existem também algumas limitações ao método como tonalidade da pele mais escura, que propicia o surgimento de manchas, bronzeamento prévio recente, veias e vasinhos com calibres maiores e localização mais profunda dos mesmos, região em que o feixe do laser não chega efetivamente.

Como citado anteriormente, a maioria dos pacientes que tem os vasinhos como queixa principal apresentam microvarizes que os nutrem. Desta forma, a realização de qualquer tipo de escleroterapia não só pode ser ineficaz, como pode gerar novos vasinhos poucos dias após a sessão.

Isto ocorre pois, ao não retirarmos os vasos maiores nutridores, associado ainda ao bloqueio do fluxo sanguíneo nos vasinhos que foram tratados que são a parte final de sua circulação, o sangue precisa formar novos caminhos através da criação de novos vasos.

Desta forma, nós, do Instituto Vida Vascular, temos realizado mais frequentemente procedimentos combinados de microcirurgia para retirada desses vasos nutridores com uma técnica de escleroterapia intraoperatória em que realizamos inúmeras injeções de esclerosante nos vasos comprometidos, de forma a saturá-los com o medicamento e proporcionar uma maior eficiência na eliminação dos mesmos.

Esta técnica combinada é realizada em ambiente hospitalar, sob anestesia e sedação, portanto, não há desconforto algum.

Os resultados tem sido impressionantes pois como o paciente está anestesiado durante a secagem dos vasinhos, conseguimos fazer uma quantidade de punções e de medicamentos que no consultório seria inviável.

Os pacientes que mais se beneficiam deste procedimento combinado são aqueles que sofrem nas sessões de aplicação pela dor, que tem um grande número de vasos a ser tratado. Além disso, pacientes que não tem a disponibilidade ou a paciência de retorno semanal ou quinzenal para realizar as contínuas sessões de  secagem também tem ficado extremamente satisfeitos.